quinta-feira, 30 de junho de 2011

filha prodíga.

A pergunta de hoje é: sobre o que falar? Sinto tanta falta das palavras correndo pelo meu sistema nervoso até chegar aos dedos, a sensação de formigamento de uma ideia nova. Mas, se não há o que dizer, pra quê dizer? Talvez, eu queira dizer algo, mas não saiba. Talvez, seja uma reação natural ao período de tanto tempo acomodada. Uma época onde vejo claramente o que é ser adulto. Acorde, coma, trabalhe, veja a novela, aterrorize-se com o jornal, durma e faça tudo de novo no outro dia. Andando fora de casa, tendo a me decepcionar. As coisas não são tão bonitas quanto nos fazem acreditar no jardim de infância. Aquele garotinho de sardas que sonhava avidamente em ser astronômo hoje deve ter 3 filhos e muitas contas a pagar. Com seu emprego numa firma de contabilidade. Sabe, existem muitas, muitas firmas de contabilidade. Creio que existam mais firmas do que lojas para usar o serviço. Sério. Focus. As vezes, dá até desanimo. Gente que vejo todos os dias no ônibus, cada dia da semana identificável por suas feições. A cobradora monótona e mecânica. Pega dinheiro, conta, aperta o botão da roleta, coloca o dinheiro no caixa, next. A vida castra pessoas. Te faz se perder em responsabilidades, deveres e direitos nunca cumpridos. Apesar disso, é exatamente a dificuldade que te torna verdadeiramente ser humano. Quando somos pequenos, nossa vontade é ser rico ou qualquer coisa. Mas quanto mais crescemos, mais vemos que o que nos resta é quem está ao nosso lado. Não dinheiro, não emprego, nada disso. O que nos recompensa no final, são os seres, e não suas criações. Somente as pessoas lhe fazem ver que você precisa delas. Ninguém nem nada mais.

texto whatever, mas... whatever!
brenda milhomem de volta ao lar, em entrada nada triunfal.

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