quinta-feira, 24 de novembro de 2011

borras.


O início disto será mais um clichê. Assim como a vida, a morte, o amor e as lágrimas. A verdade era que eu estava tomando café e pensando. Ultimamente, todos que conheço pensam enquanto tomam café. Ou será que tomam café enquanto pensam? Enfim. Parece ser um novo casal da praça, como queijo e goiabada e todas aquelas coisas. Mas o café pra mim, objeto pensante independente da causa, sempre foi deliciosamente amargo. Explico aqui a definição exata de “amargo” no contexto do que quis dizer: faz-me acordar, pensar com propriedade, e não ficar fazendo dramas de Maria do Bairro com simples contratempos. E não “amargo” de amargo, amargo mesmo, o sabor. Até porque apesar de tudo, gosto do meu café bem doce.
Mas creio não ter vindo aqui para falar de café e etecetera e tal. Estava falando que eu tomava café e pensava. A parte que realmente diz alguma coisa é a que se refere a dizer que eu pensava. Pensava sobre o que, você me pergunta. Sobre a inércia latente da existência de todos nós. Ou seja, a merda toda em que todos nós nos metemos. Acho que todos decidimos escolher a dedo um probleminha (a.k.a merda) para nos envolver com. Tenho pena. Também de mim claro, pois crendo que conheces bem a língua portuguesa, sabe que o pronome “nós” significa que o eu lírico, o locutor da frase, está incluído na situação. Incluídissima na situação. Na verdade, o que eu estava realmente pensando não se pode injetar num texto, por se tratar de uma análise detalhada de tudo que está acontecendo e seria extremamente antiético expor tais intimidades de diversos seres na blogosfera. O que quero registrar aqui é banal, e não ajuda em nada. Mas creio ser esse o momento de publicar banalidades, logo agora que só vivemos de urgências e seriedades. Sou do time das que acham que tudo tem um jeito, menos a morte. Apesar de minha opinião estar mudando a esse respeito, vide o grande avanço da medicina. Logo, até a morte terá jeito. E aí, vocês não terão exceções pra se apoiar. Terão que levantar e dar um jeito em suas contingências. Afinal, mortos ainda não estamos. 

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